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Felipe Carvalho de Aguiar nasceu na cidade de Belo Horizonte em dezembro de 1982. Ingressou aos 17 anos, logo após o término do Ensino Médio, no Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH), onde cursou Ciência da Computação. Não concluiu a graduação por ter tido dúvidas em relação ao curso e à carreira. Prestou novo vestibular em 2003, agora para Pedagogia na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e se formou em dezembro de 2007. Trabalhou como docente em escolas públicas e privadas de Belo Horizonte atuando na Educação Infantil e Ensino Fundamental. Em 2008 escreveu seu primeiro livro: "Elisa". Já passou por Espanha, Líbia, Marrocos e hoje encontra-se em Portugal, onde desenvolve projetos em uma empresa multinacional da área de construção civil e topografia.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Adeus romance

Subjectividade parece estar fora de moda. Me interessa muito e a considero um semi-Deus. Mas em certos quesitos as pessoas são sempre iguais. Não mudam nunca e nem fazem questão de evoluir. Uma pena. Para elas. Não para mim. Nunca dependi de ninguém para enxergar além do horizonte, descobrir o que sempre foi óbvio.    
Ontem acordei com a impressão de que há algo de errado com o mundo. Comecei a interpretá-lo de uma maneira diferente, talvez. Parei. Não consigo absorver tudo e fingir que está tudo bem. Não está, nunca esteve e provavelmente nunca estará.
Já hoje, acordei com a sensação de que as coisas estão se encaixando. Não para Adão, Eva e aquela linda donzela. Mas não me importa, meu coração se fecha a factores externos e se preocupa em ser egoísta. Não foi a falta de conselhos, de mensagens ou recados. Foi a percepção de que não mudará nada em minha existência saber quantos grãos de areia existem na imensidão da costa leste.
Agora adormeço em pensamentos vãos. Não carrego mais nada nas costas. Nem cruzes nem marcas. Não preciso usar dois relógios de pulsos para saber minuto a minuto do tempo que parece nunca passar. Não mais disfarço, fecho os olhos a espera daquele sonho bom, do qual nunca quero acordar. Se quer viver minha vida por mim, que viva. Preciso prosseguir.  

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Enfim, além

Metade de mim julga, a outra analisa. Metade da metade que julga faz questão de não esquecer e entra em conflito com os 25% que fazem questão de esquecer. Complexo demais quando se tenta entender o que se passa no subconsciente de um ser “sub subjectivo” em grandes quantidades. Se gosto ou não gosto? Não consigo tal definição. Levei muito a sério a fábula que diz que todos nós carregamos nossa cruz. Talvez minha via-sacra seja outra e vá além de puro sentimentalismo e o “achismo” do que amor verdadeiro só apareça uma vez na vida. Talvez apareça duas ou três. Não entrarei em detalhes embora possa afirmar que tudo que passei possa virar uma biografia escrita pelo autor dessa vida cheia de casos e acasos. Promessas podem sim ser quebradas, não seria a primeira e nem a última vez, confesso. Fico triste por saber que nada é para sempre e que cada vez mais tenho que praticar o desapego. Triste porém tranquilo. Sorrisos soltos fazem meus dias melhores e aprendi, talvez tarde demais, que há muito ainda a ser explorado e que desconheço (pasmem) meus sentimentos e até mesmo minhas vontades. Mas também posso afirmar que sigo aquela velha máxima do futebol, criada pelo meu amigo Darwin sobre a adaptação às situações adversas, lei da vida. Se foi gol, vários motivos e situações levaram a bola a trespassar a linha da baliza. Desde a força e direcção do vento ao bater de asas daquela linda borboleta amarela. A vida é assim. Atente-se ao bater de asas das borboletas, acredite que não existe um gol feio e sobretudo: razão e emoção são simples aspectos denotativos de um tal dicionário criado para instruir pessoas sem cultura. Vá além. Ninguém morre por viver ou morre se viver.