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Felipe Carvalho de Aguiar nasceu na cidade de Belo Horizonte em dezembro de 1982. Ingressou aos 17 anos, logo após o término do Ensino Médio, no Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH), onde cursou Ciência da Computação. Não concluiu a graduação por ter tido dúvidas em relação ao curso e à carreira. Prestou novo vestibular em 2003, agora para Pedagogia na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e se formou em dezembro de 2007. Trabalhou como docente em escolas públicas e privadas de Belo Horizonte atuando na Educação Infantil e Ensino Fundamental. Em 2008 escreveu seu primeiro livro: "Elisa". Já passou por Espanha, Líbia, Marrocos e hoje encontra-se em Portugal, onde desenvolve projetos em uma empresa multinacional da área de construção civil e topografia.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Nunca mais

Vinha o homem, atrasado novamente, controlado pelo relógio de pulso, caminhando a passos largos e apressados pelo centro da metrópole. Despercebido de tudo que acontecia ao seu redor. A reunião começara, projecto em mãos, nervosismo. Seu futuro dependia dos valiosos próximos minutos. De repente um relance, caso perdido que não importava mais, jurava erroneamente mas certo de seu erro.

Pela mesma via, porém em sentido contrário, vinha o sexo oposto. Cabelos esvoaçantes, impecáveis na sua beleza. Única. Olhava atentamente a multidão, seus cursos, etnias, fisionomias. Atentava-se a cada detalhe da imensidão do horizonte. O oposto, realmente. Alguma coisa a incomodou. Lembranças, as mesmas. Sempre.

Casualidade para os leigos, intencionalidade ou destino para os crédulos. A divindade opera à sua maneira, complexa em excesso para os mortais. Cruzam entre si. Os olhares se enfrentam. Dois segundos, ou menos, de êxtase compartilhado. Seguem o caminho, cada um a sua maneira. Arrependidos. Talvez um dia se encontrem novamente, talvez nunca mais.