Vinha o homem, atrasado novamente, controlado pelo relógio de pulso, caminhando a passos largos e apressados pelo centro da metrópole. Despercebido de tudo que acontecia ao seu redor. A reunião começara, projecto em mãos, nervosismo. Seu futuro dependia dos valiosos próximos minutos. De repente um relance, caso perdido que não importava mais, jurava erroneamente mas certo de seu erro.
Pela mesma via, porém em sentido contrário, vinha o sexo oposto. Cabelos esvoaçantes, impecáveis na sua beleza. Única. Olhava atentamente a multidão, seus cursos, etnias, fisionomias. Atentava-se a cada detalhe da imensidão do horizonte. O oposto, realmente. Alguma coisa a incomodou. Lembranças, as mesmas. Sempre.
Casualidade para os leigos, intencionalidade ou destino para os crédulos. A divindade opera à sua maneira, complexa em excesso para os mortais. Cruzam entre si. Os olhares se enfrentam. Dois segundos, ou menos, de êxtase compartilhado. Seguem o caminho, cada um a sua maneira. Arrependidos. Talvez um dia se encontrem novamente, talvez nunca mais.
2 comentários:
Adorei sua forma de escrever! Ass: Ana Carolina.
olá ana carolina! como estás? tudo bem?
muito obrigado!
deixa um email, orkut, blog ou similar, se não for incomodo!
bjoooo!
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