Je suis ...

A minha foto
España / Portugal / Libya, Brazil
Felipe Carvalho de Aguiar nasceu na cidade de Belo Horizonte em dezembro de 1982. Ingressou aos 17 anos, logo após o término do Ensino Médio, no Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH), onde cursou Ciência da Computação. Não concluiu a graduação por ter tido dúvidas em relação ao curso e à carreira. Prestou novo vestibular em 2003, agora para Pedagogia na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e se formou em dezembro de 2007. Trabalhou como docente em escolas públicas e privadas de Belo Horizonte atuando na Educação Infantil e Ensino Fundamental. Em 2008 escreveu seu primeiro livro: "Elisa". Já passou por Espanha, Líbia, Marrocos e hoje encontra-se em Portugal, onde desenvolve projetos em uma empresa multinacional da área de construção civil e topografia.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Não olhe para trás


Estavas sempre a olhar o passado e a gostar da sensação de que sempre fora estranho. Comparações absurdas com os tempos de adolescência. Fotografias não traziam recordações, traziam angústias. Questionamento incessante daquilo que havia sido bom em sua existência, ou a falta do bem. Encontrava-se perdido em meio a tantas perguntas sem resposta. Questionamentos e feelings non sense. Tomou uma decisão drástica. Nunca mais olhou para trás.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Caminho inverso

Caminhou, se apressou e caiu. Viu tudo que se passava ao seu redor de outra perspectiva. Não quis acreditar e ficou tempos assim… sem saber. Momento oportuno para nada mais dar certo. A observar o horizonte ve-se nuvens carregadas. Optimismo passa a ser um termo quase que utópico. Termos que caminham juntos. Eles, ele. Mas bem longe de si, decerto.

Ve-se de mãos dadas a um estranho desejo de pena, pena de si. A rever horas a fio tudo aquilo que não fez, pensa no cúmplice. Divide a culpa para o alívio que sequer apareceu.

Constantes coincidências o fazem acreditar na cura de todo o mal que sente. Eloquente e impulsivo, segue tais sinais. Todos, até aqueles que não o são. A medida que sobre degraus se dá a oportunidade de começar a existir, mas felizmente é pouco. Não basta existir, pensa convicto.

----------------------
Ocupa pensamentos com factos que nunca havia imaginado. Obrigações passam a ser prioridade, pois a vida segue e muito tempo foi perdido. Observa o mundo de maneira diferente e pensa que tudo a seu redor não faz mais parte de si. Procura novos ares, encontra.

Fora acolhido e reconhecido. Novos problemas surgem quase que diariamente enquanto seu coração parou no tempo. Nova morada, nova pátria, vida nova. Caminha a passos largos com a mesma sede de conhecimentos. Carrega seus livros, antigas e novas paixões. Já não existe, vive. Forma-se um novo ciclo, sete dias da semana com sete pecados capitais. Um a cada dia, sem pressa e antecedentes.

Quando olha para trás não enxerga nada além do óbvio, nada além da saudade. A mesma saudade que sentia de suas crianças enquanto habitava o outro lado. Um sorriso ou uma lágrima despertam o mesmo sentimento, indescritível em palavras. Se perde e se ganha. Mas ele, espirituosamente, diferencia o perder do ganhar. E assim vive, talvez para sempre na memória de um incrédulo ser pensante. Talvez no coração de uma bela donzela. Não se importa mais com a falta que faz.