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Felipe Carvalho de Aguiar nasceu na cidade de Belo Horizonte em dezembro de 1982. Ingressou aos 17 anos, logo após o término do Ensino Médio, no Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH), onde cursou Ciência da Computação. Não concluiu a graduação por ter tido dúvidas em relação ao curso e à carreira. Prestou novo vestibular em 2003, agora para Pedagogia na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e se formou em dezembro de 2007. Trabalhou como docente em escolas públicas e privadas de Belo Horizonte atuando na Educação Infantil e Ensino Fundamental. Em 2008 escreveu seu primeiro livro: "Elisa". Já passou por Espanha, Líbia, Marrocos e hoje encontra-se em Portugal, onde desenvolve projetos em uma empresa multinacional da área de construção civil e topografia.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Atendendo pedidos (adaptação)

Eu adormeci no último sábado, embaixo de um céu poluído. Comecei a andar sozinho pelas ruas de BH. Foi quando vi as calçadas começarem a desabar e o vazio começando a me afogar. Pelas esquinas silenciosas, fiz meus planos. Foi a única coisa que senti que podia fazer. Disse adeus aos meus melhores amigos, pois às vezes não tem ninguém do meu lado para me dizer a verdade.
Se você não puder me perdoar, isto vai me matar para o resto da minha vida. Você não me deixa pedir desculpas enquanto ainda estou vivo, e se esquece que eu sei que é difícil encarar todos os meus erros do passado. E isso vai me matando para resto da minha vida.
Acho que isso é meu tempo se esgotando. De alguma forma isso soa tão familiar e parece tão familiar. Me sinto como se tivesse te deixando ir, e a cada segundo que passa, grito por uma segunda, terceira, quarta ou quinta chance. Mas essa é a confusão que eu fiz, são as palavras que não posso apagar. Isto é o que me faz suportar a vida, acabando, para o último momento. Corta como uma faca e me mata para o resto da vida.
Mas eu juro! Foi a última vez, foi minha última tentativa. Há uma linha tênue entre viver uma mentira e se sentir vivo. Cansei de andar em círculos e agora penso em deixar essa cidade. Coisas boas acontecem para quem pensa e faz coisas boas. O meu está guardado e esse tempo todo achei que já tinha acontecido. Não aconteceu, fui feliz, mas posso ser mais.
De acordo com meus sentidos, me tornei insensível. Nunca mais canto “get back to where you once belong”. Auto depreciação me parece uma boa saída, mas de qualquer maneira nunca pensei que conseguiria. Afinal, sou meu pior inimigo. Absurdamente irresponsável e impulsivo continuo “caminhando só” (boa Borba!) e pensando com meus neurônios: “o amor só existe se incomoda...” (Muito boa Borba!)!
Alguém?

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