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Felipe Carvalho de Aguiar nasceu na cidade de Belo Horizonte em dezembro de 1982. Ingressou aos 17 anos, logo após o término do Ensino Médio, no Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH), onde cursou Ciência da Computação. Não concluiu a graduação por ter tido dúvidas em relação ao curso e à carreira. Prestou novo vestibular em 2003, agora para Pedagogia na Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) e se formou em dezembro de 2007. Trabalhou como docente em escolas públicas e privadas de Belo Horizonte atuando na Educação Infantil e Ensino Fundamental. Em 2008 escreveu seu primeiro livro: "Elisa". Já passou por Espanha, Líbia, Marrocos e hoje encontra-se em Portugal, onde desenvolve projetos em uma empresa multinacional da área de construção civil e topografia.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

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De ano e meio para cá sempre me diziam para não olhar para o telhado alheio. Sempre concordei mas com certa desconfiança, claro. Quando batia a vontade de espiar, me lembrava dos sábios conselhos de meus empregadores, a quem devo bastante, confesso. Talvez tenha enfiado na cabeça que a sabedoria dos mais vividos seja mais válida que a minha, que ainda não cheguei a 3 décadas de existência. O conhecimento das causas sobrepõe a razão e dessa maneira convinha ser tudo que há nessa existência, pensava, ou penso, não sei mais. Dizem por aí que os pensamentos e as idéias são mutáveis e sempre hão-de ser. Só não sei definir de maneira correcta se esse conhecimento provém do senso comum ou das ciências aplicadas.  Historicista, como moda de momento, vai além de um simples pleonasmo, uma simples figura de linguagem e passa a ter significado real, porém diferente daquilo do que quisera ser. Complexo pelos termos, não fiques preso ao vocabulário.
Num dia qualquer, de sol ou chuva, verão ou inverno, não me atentei aos detalhes porque cá onde estou existem apenas dois tipos: aqueles em que trabalhamos e aquele único que pensamos em trabalho, descobri ao olhar o telhado alheio que mesmo os mais bondosos e cheios de boas intenções também erram cruelmente. Provavelmente sem saber ou ter a mínima noção das consequências de tais actos. Teoricamente inexiste um ser humano perfeito, mesmo para aqueles que acreditam que somos imagem e semelhança de um deus. Disso, sabemos. Não adianta divagar sobre o vago. Assim caminharemos para trás quando todas as placas apontam para o fronte. É como falar da vida com medo da morte, e o pior, caso de terceiro que até o momento não me disse o barato de já saber onde é o destino quando se parte rumo a lugar nenhum, ao lugar comum.